segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CONVULSÕES FEBRIS E A SUA RELAÇÃO COM EPILEPSIA

Define-se, como convulsão febril à crise convulsiva precipitada pela febre, não sendo esta motivada por uma infecção intra craniana (meningites, encefalites).
As convulsões febris afectam a 3 ou 4 de cada 100 crianças dos 6 meses aos 5 anos de idade, coincidindo habitualmente com febre superior a 38,5 graus, mas com a intervenção de outros factores primordiais, da predisposição genética e da idade, e em ocasiões outros factores segundários, como a tenção emocional, a prevenção do sono ou algumas mudanças metabólicas pouco conhecidas ainda.
O risco de padecer convulsões febris, que é 3-4% na população infantil, aumenta a 10-20% quando as padecerão 1 irmão e 1 dos pais, e a 50% com convulsões febris de 1 irmão e ambos pais.
O Electroencefalográfico, não tem valor diagnostico, prognostico nem terapêutico, nas crianças que apresentam convulsões febris, pelo qual só se registra excepcionalmente, quando o indica o Neuropediatra. 40% das crianças que sofreram a primeira convulsão febril, vão sofrer uma segunda, e a metade de estas vão sofrer uma terceira, de modo que o 9-17% de crianças vão padecer 3 ou mais crises febris, o risco de recidiva é maior se a primeira convulsão febril, aconteceu durante o primeiro ano de vida e quando á antecedentes familiares de convulsões febris ou de epilepsia. A atitude terapeuta actual é a de parar as recidivas das convulsões febris, em caso de recidivas, o médico pautará tratamento com DIAZEPAM rectal (STESOLID) uma bisnaga de 5 mg em crianças ate aos 2 anos, maiores de 2 anos uma bisnaga de 5 mg, dose que se repete se a convulsão não pára em 5 minutos, para maiores de 5 anos dose de 10 mg.
O tratamento diário com valproato (DEPAKINE) só se indica em casos especiais, que são seleccionados pelo Neuropediatra.
Em qualquer caso, o que estes fármacos conseguem é reduzir o risco de recidivas das convulsões febris, e não para prevenir a aparição posterior de epilepsia, que é um pouco maior nestas crianças do que naquelas em que não aparecerão convulsões febris.       
                   
                               
            

1 comentário:

  1. quando um criança toma o depakene aind aexiste risco de ter convulsão febril?

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