domingo, 17 de outubro de 2010

PORQUE SE MANIFESTA UMA CRISE EPILÉPTICA

--É uma manifestação clínica paróxistica, quero dizer, do começo brusco e inesperado, que se deve a uma disfunção cerebral produzida por uma descarga hiper sincrónica de um grupo de neurónios hiper excitáveis. A crise epiléptica se expressa com sintomas motores, sensoriais, autonómicos e ou psíquicos, afectando ou não a consciência, e suas características isso depende da localização inicial da descarga hiper sincrónica e da propagação a outras regiões cerebrais.
A descarga hiper sincrónica é costume ter inicio em um grupo de neurónios de características anormais, propagando-se depois a zonas cerebrais vizinhas, recrutamento sincronizado que é o responsável pelas manifestações inter críticas, digamos, dos períodos em que não á manifestação alguma. Para que se produza uma crise clínica é preciso que a actividade paroxística se propague a zonas cerebrais mais distantes.
  Os elementos mais importantes no inicio e na propagação são: 1; a capacidade de um grupo de neurónios para gerar uma descarga hiper sincrónica: 2; a capacidade do sistema modulado pelo glutámico, « neuró transmissor excitador » para amplificar o sinal, gerado e propagando a descarga epiléptica: 3; a capacidade do sistema modulado pelo ácido gamma-minoritário (GABA) neuro transmissor inibidor para impedir a génesis da descarga e travar a propagação intra cerebral.
Uma só crise, o que se conhece como « crise epiléptica isoláda ou única » não é
uma epilepsia que, para uma definição, consiste no aparecimento de 2 ou mais crises induvidavelmente epilépticas.
As crises que aparecem no curso de um processo agudo, com febre, infecção, transtorno metabólico, etc. se denominam crises ocasionais e tão pouco constituem uma epilepsia. As crises epilépticas não devem ser confundidas com outras crises cerebrais, que se produzem por mecanismos diferentes, como são as crises histéricas ou seudocrises, as crises anóxicas e alguns transtornos paroxísticos que acontecem durante o sono ( PARASSONIAS ).  

Sem comentários:

Enviar um comentário